Depois do aumento, Correios entrará em greve a partir do dia 12

Após o aumento de 8% no valor dos fretes, os Correios estrarão em greve a partir do dia 12, próxima segunda. A decisão foi tomada pelos trabalhadores devido as mudanças nos planos de saúde, como exclusão de pais como dependentes e cobranças de mensalidades. Segundo Altannes Holanda, presidente do sindicato da categoria, a greve antecede uma votação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) relativa as cobranças. A greve é por tempo indeterminado.

Em uma entrevista, Altannes disse: “a gente vai entrar em greve na segunda e vamos aguardar se vai acontecer algo de diferente, já que o TST vai julgar a causa na segunda à tarde. Iniciamos a segunda em greve e aguardaremos o julgamento para sabermos se a empresa vai nos chamar para negociar. Porque depois que mudar não há o que fazer, a gente sabe que é muito complicado. A greve é nacional e caso haja a mudança, a gente vai aguardar as orientações, e se isso for aprovado vai ficar muito complicado para o trabalhador que tem um salário médio de R$ 1.700 numa empresa que quer mensalidades a R$ 1000,00, como vamos pagar isso?”.

Imagem: Blasting News

A mudança também afetará os beneficiários. Segundo ele, a reivindicação dos funcionários visa evitar que transtornos maiores ocorra. “É a questão do plano de saúde basicamente, a empresa está querendo cobrar o plano de saúde da gente e retirar do plano os pais dos empregados como dependentes. Atualmente a gente só paga o compartilhamento, ou seja, o que a gente usar a gente paga um percentual, sem mensalidade nenhuma. Mas a empresa agora junto com o TST quer implantar mensalidade além de retirar o pai e mãe”, disse.

O presidente do sindicato também destacou que as condições de trabalhos dos carteiros em Alagoas precisa ser analisada, pois a más condições tem gerado efeitos negativos na distribuição das encomendas no estado. “Outra pauta que a gente vai colocar em questão, que é muito necessária, é que nós estamos com uma falta de efetivo muito grande, e isso tem gerado muitas reclamações da população, a falta de carteiros. E esse problema hoje beira o caos. A gente está com diversas unidades operando com metade do efetivo. Além dos planos de demissão incentivada, nós temos diversos trabalhadores afastados por conta da sobrecarga, porque é uma bola de neve. Se a gente está com poucas pessoas para fazer o serviço, essas poucas pessoas acabam adoecendo devido ao acúmulo de trabalho. Hoje a gente tem aproximadamente 30% de carteiros afastados ou reabilitados porque não conseguiram mais retornar, fora os trabalhadores que saíram no plano de demissão incentivada”, afirma.

Imagem; Diário Catarinense

Holanda deixou claro que a população merece um serviço de qualidade, mas no entanto, isso não depende apenas dos funcionários. “A gente calcula uma média de 100 carteiros, o déficit é este em todo o estado. Temos em torno de 350 carteiros no total, segundo nossos levantamentos, porque a empresa não nos passa números oficiais. Temos em torno de 350, quando o ideal seria 450. A gente fica preocupado com isso porque entendemos que a população tem todo o direito de cobrar um serviço melhor, mas a responsabilidade não é do trabalhador. O trabalhador está se matando em condições insuficientes para dar conta do serviço”, concluiu o presidente do sindicato.

Via
TribunaHoje

4 Comentários

  1. Pleno efeito cascata, culpa deste desgoverno e estado corrupto, que cria monopólio e quem paga a conta sempre é a população, concordo que não é justo retirar o direito adquirido dos empregados com o plano de saúde, mas esta empresa já deu o que tinha que dar esta sucateada e falida, o que estão esperando para privatizar ou abrir o mercado para a livre concorrência?

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